segunda-feira, 18 de maio de 2015

Teologia do Pacto



A Promessa de Deus de salvar e redimir um povo para si deve ser entendida como revelada ao longo da história, de forma progressiva até atingir seu clímax na crucificação de Cristo ao exclamar: 'está tudo consumado.' Não são várias promessas como se  as primeiras falhassem e uma nova tivesse que ser feita, mas uma única promessa (Gn 3.15) anunciada e repetida diversas vezes e de diferentes formas; na aliança com Abrão com a promessa de um descendente e de uma terra e ainda incluindo uma bênção a todas as nações; na aliança mosaica e na aliança davídica pela promessa de um descendente cujo reino não terá fim (2Sm 7.16).

O entendimento de Paulo é que a aliança é o plano unificado de Deus anunciado desde os tempos antigos e cumprido até os últimos dias (At 26.6-8).

A Bíblia revela o plano singular da mente e da vontade de Deus, ao invés de planos e vontades diferentes de Deus. Conforme o pensamento paulino em Rm 15.8,9 compreendemos que judeus e gentios são beneficiários da mesma Promessa. Daí se segue a impossibilidade de haver um intervalo no trato de Deus com Israel abrindo uma oportunidade para os gentios (igreja /outro povo).

A Teologia da Aliança oferece uma interpretação segura e sólida do plano de Deus como revelado na Escritura, ela nos mostra de forma clara o propósito de Deus (criação-redenção-consumação). Esse plano é um único e coeso plano. Não podemos fragmentar o plano de Deus como se Deus tivesse uma mente finita e inconstante como a dos humanos, por isso Deus não pode ter dois povos nem dois planos, pois devemos partir do pressuposto de que o plano de Deus nasce na eternidade e não no (Κρόνος) cronos, à medida que os homens vão colaborando com ele como acredita o dispensacionalismo.

A História da redenção do povo de Deus foi revelada no Éden (Gn 3.15) tem seu desenvolvimento no chamado de Abraão (Gn 17) e atinge seu clímax na morte e ressurreição de Cristo (a aliança da Consumação), a fim de satisfazer a justiça divina, de banir o pecado e misericordiosamente restabelecer a amizade quebrada pelo homem. Assim, Deus revelou de forma tangível seu amor pelos eleitos e confirmou sua herança pelos sinais do pacto.

Dessarte, a Teologia do Pacto mostra o evangelho apresentado no contexto do plano eterno de Deus de salvação e comunhão com seu povo. Além de tudo, é uma hermenêutica segura que aborda o entendimento das Escrituras, explica a unidade da revelação bíblica e aprofunda o nosso entendimento sobre o significado da morte de Cristo (Expiação); da nossa confiança de comunhão com Deus e o desfrutar de suas promessas (segurança); dos sinais e selos das promessas pactuais (Sacramentos) e da história da redenção (Plano unificado da salvação). Esta é a síntese do evangelho da graça de Deus.


Autor: Antonivaldo de Jesus Silva

domingo, 17 de maio de 2015

Socialismo x Cosmovisão Bíblica




O socialismo é a transgressão da lei de Deus. Ele anda na contramão da santa vontade do Senhor. Deturpa e intenta, sempre, solapar os princípios bíblicos. É o inimigo do cristianismo não no que tange apenas ao direito de propriedade, mas sobretudo no ideário político e das relações humanas. O socialismo é um sistema que prega um viver fora da lei, sem regras, sem limites, um estado omisso, conivente e benevolente com os criminosos, quando ao contrário disso, Deus estabeleceu o estado como seu braço vingador (Rm 13. 1-4). O socialismo ainda incentiva o ócio (bolsas esmolas), quando em vez disso, Deus ao criar o homem, deu-lhe um mandado social, o mandado do trabalho: "no suor do teu rosto comerás o teu pão" (Gn 3.19) e mais: "e a diligenciardes a viver tranquilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos." (1Ts 4.13); "... se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente comam o seu próprio pão." (2Ts 3.10-12). Ainda podemos colocar na conta do socialismo a destruição de outro mandado social de Deus na criação, a constituição da família: "Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." (Gn 2.24); "não adulterarás" (Dt 5.18). A doutrina socialista destrói os bons costumes e a família sob o pretexto de defender todas as famílias (considerando as relações homo afetivas) preconizam uma relação adulterada e espúria que é o homossexualismo, contrariando a ordem natural da criação (macho e fêmea) e da vontade de Deus. Portanto, não há nas Escrituras Sagradas qualquer respaldo para as teorias impuras e destrutivas do socialismo. Nossa cosmovisão, enquanto cristãos, tem de ser exclusiva e genuinamente bíblico-teológica e não socialista e mundana.

Autor: Antonivaldo de Jesus Silva

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