sábado, 27 de abril de 2013

A SUPERIORIDADE DA PESSOA DE CRISTO E SUA OBRA

Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; (Hebreus 2.1-3)

Se nossa fé não estiver focada na Pessoa bendita e na obra de Cristo, quão distante estamos do evangelho, negligenciando a tão grande salvação.

Os crentes hebreus estavam inclinados à fé em anjos e à prática dos sacrifícios da antiga dispensação. Eles na haviam, ainda, entendido plenamente o evangelho da Graça. A pessoa e obra de Cristo não estavam claras para eles, visto que não entenderam a superioridade de Cristo em relação aos anjos, pelo fato de o salvador ter vindo na forma de homem e de seu sacrifício salvífico e sumo sacerdotal.

O autor da epístola aos hebreus deixa claro que Cristo é maior que os anjos, que Ele está no trono celeste, domina toda criação, está recebendo as honras celestiais, adorado e servido pelos próprios anjos. (Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles... E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.). (Hebreus 1.3,4, 6)



Os hebreus, porém, estavam negligenciando a fé cristã. O foco da fé deles não estava no evangelho da Nova Aliança. Muitos já haviam deixado de frequentar os cultos por isso o autor os alerta sobre o risco da apostasia. Queriam voltar aos preceitos antigos da fé judaica. (Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima). (Hebreus 10.25)

Jesus sendo o próprio Deus assumiu a nossa natureza, experimentou o pavor da morte, fez voltar contra si próprio toda ira de Deus que era contra nós e na condição de perfeito sumo sacerdote nos apresentou nos céus como filhos de Deus e seus irmãos (Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu,). (Hebreus 2.11-13)

Tudo isso fez Cristo por nós para nos salvar e nos conduzir à fé e à confiança em Deus. (Hb 2.13). Assim importa que estejamos cada vez mais apegados a Cristo e a sua Palavra.

O perigo da apostasia que era iminente entre os crentes hebreus é mais gritante em nossos dias e pode se identificar claramente nas igrejas modernas, onde as pessoas se agarram a tudo: anjos; óleo de Israel; candelabro de ouro; cajado de Moisés; estrela de Davi, etc, menos a Cristo, numa atitude de fé pura e simples em Deus.

Os cristãos de hoje (gentios) estão cada vez mais judaizados. Querem a qualquer custo serem judeus mais do que os hebreus.

O objetivo do autor de Hebreus era remover as idéias judaicas da fé dos seus leitores originais (os crentes hebreus) e conduzi-los à fé autêntica no evangelho de Cristo. Ao contrário do que nos ensina o texto bíblico, temos visto em nossos dias, ensinamentos estranhos de certos líderes evangélicos levando a igreja a esse retrocesso da fé cristã. O autor sagrado revela que remontar às práticas e aos princípios antigos da fé de Israel era ignorar a superioridade da Pessoa e do sacrifício de Cristo, era negligenciar a salvação, um indício de que estavam perdidos, pois abandonando a fé evangélica (em vez da israelita) recusariam Jesus e estariam sem nada, sem a segurança da salvação eterna. Portanto, nos apeguemos firmemente a Cristo e à Palavra do puro e santo evangelho, ou nada teremos.

Autor: Antonivaldo de Jesus Silva







segunda-feira, 8 de abril de 2013

BUSCANDO UM VERDADEIRO AVIVAMENTO PARA OS NOSSOS DIAS

Então o sumo sacerdote Hilquias disse ao secretário Safã: "Encontrei o livro da Lei no templo do Senhor". Ele o entregou a Safã, que o leu.

O secretário Safã voltou ao rei e lhe informou: "Teus servos entregaram a prata que havia no templo do Senhor e a confiaram aos trabalhadores e supervisores no templo".

E o secretário Safã acrescentou: "O sacerdote Hilquias entregou-me um livro". E Safã o leu para o rei.

Assim que o rei ouviu as palavras do livro da Lei, rasgou suas vestes

e deu estas ordens ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, ao secretário Safã e ao auxiliar real Asaías:

"Vão consultar o Senhor por mim, pelo povo e por todo Judá acerca do que está escrito neste livro que foi encontrado. A ira do Senhor contra nós deve ser grande, pois nossos antepassados não obedeceram às palavras deste livro, nem agiram de acordo com tudo que nele está escrito a nosso respeito". (2 Reis 22. 8-13)


Existe uma falsa concepção sobre avivamento e, inclusive muitos acham que exista um tempo propício na Igreja para tratar desse assunto. A verdade categórica é que não há um determinado período na igreja para falar de avivamento. Avivamento é um assunto, uma necessidade urgente e iminente da igreja. É para agora.

A Reforma Protestante foi o maior movimento avivalista da história da Igreja até hoje. A igreja estava divorciada da Palavra de Deus; idolatria, indulgências ¬- venda de perdão, autoridade das Escrituras Sagradas submetida à autoridade dos homens e da tradição, etc.

No entanto, foi nesse contexto de frieza e letargia espiritual que Deus levantou homens valorosos como Lutero e Calvino, cheios de amor no coração e zelo com a Palavra de Deus, para conduzir a Igreja de Cristo de volta à Sagrada Escritura.

Calvino, o grande exegeta da reforma dizia: “assim que os homens se afastam da Palavra de Deus, ainda que seja em pequena proporção, eles pregam nada mais que falsidades, vaidades, mentiras, erros e enganos”.

SOLA ESCRIPTURA! Esse foi o principal fundamento da Reforma Protestante. Somente a Palavra de Deus é suficiente. Somente a Palavra de Deus é autentica. Somente a Palavra de Deus é a principal autoridade sobre todos e tudo, sobre a igreja. Somente a Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e prática. Ela é absoluta, inspirada, inerrante e suficiente.

Outra grande afirmação do Reformador genebrino: “É ordenado a todos os servos de Deus que não apresentem invenções próprias, mas que simplesmente entreguem aquilo que receberam de Deus para a congregação da mesma forma como alguém que passa algo de uma mão para outra.”

Avivamento não é euforia. Não é ‘oba-oba’ na igreja. Não é saturar a liturgia com músicas. Não é histerismo nem os muitos shows do movimento gospel. Não é o ativismo  -  os muitos eventos da agenda das igrejas produzidos durante o ano. NÃO! Avivamento é retorno a Deus e à sua Palavra. Foi isso que aconteceu na Reforma Protestante do século XVI. Foi o que aconteceu nos dias do Rei Josias.

Assim como no tempo da Reforma Protestante e tal como nos dias de Josias, nossos dias também carecem de uma séria reforma, de um avivamento.
Josias era um rei, um líder com um coração devotado e cujos atos eram concordes com as prescrições da lei de Deus. Ele reconheceu o perigo para a vida religiosa do povo de Deus em ter se afastado da palavra do Senhor. O castigo era iminente porquanto eles haviam quebrado o Pacto.

O lema da igreja protestante reformada é: “igreja reformada sempre se reformando.”

Retorno às Escrituras já! Retornar ao verdadeiro evangelho, à pregação genuína e fiel do evangelho de Cristo.

Na epístola aos Gálatas, o Apóstolo Paulo diz: ‘Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho

que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo.

Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!

Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado. ’ (Gálatas 1:6-9, N.V.I).

Por que precisamos voltar às Escrituras e à pregação fiel do genuíno evangelho? Porque o que estar se pregando é outro evangelho. Não é o evangelho de Cristo narrado nas Escrituras.

Vejamos o que diz o próprio Paulo: Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo.

Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas.

A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo. (Filipenses 3:18-20, N.V.I)

Por que digo que o evangelho que está sendo pregado e difundido massiçamente é outro evangelho?

Quando Jesus iniciou o seu ministério a mensagem Dele era: ‘arrependei-vos e crede no evangelho’/ ‘eu sou a fonte, aquele que tiver sede venha a mim e beba’/ ‘em verdade vos digo: necessário vos é nascer de novo’/ ‘aquele que não nascer de novo não entrará no reino dos céus’/ ‘aquele que crê em mim ainda que seja morto viverá’/ ‘aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.’

Mas, o que está acontecendo hoje? Os inimigos da cruz estão pregando um evangelho sem cruz. O evangelho das facilidades, da prosperidade, da vitória financeira, das falsas promessas. Suas mensagens são vazias e atendem aos anseios do relativismo e do existencialismo.



A nossa missão é pregar e viver o evangelho da cruz. Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada. Cristo, Sabedoria e Poder de Deus

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. (1 Coríntios 1:17-18, N.V.I)

A cruz de Cristo deve ser o cerne da mensagem do evangelho. A expressão ‘tome sua cruz e siga-me’ significa que nós temos que morrer com Cristo. Viver a nova vida que achada em Cristo quando perdemos a velha vida. Cruz nessa passagem é lugar de morte, de renúncia. É matar nosso eu, a carne para ressurgirmos com Cristo. (Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós em novidade de vida...sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais o pecado como escravos.) ( Rm 6.4,6)

Os inimigos da cruz pregam outro evangelho: “seja abençoado; seja próspero, usufrua das riquezas dessa terra, seja chefe no seu trabalho, combata a inveja, seja cabeça e não calda, governe tudo e todos.”

Na atual conjuntura é um engodo afirmar que a igreja vai bem e crescendo, que o evangelho está sendo pregado. Antes, é preciso distinguir qual evangelho está sendo anunciado. Pregam o querem, distorcem a Palavra de Deus para obter vantagens próprias. E assim as pessoas se convencionam com esse evangelho fajuto, pífio, sem vida e sem compromisso aliançado com Deus, sem comunhão com o corpo de Cristo. Deus é só um capacho. Deus é apenas uma fonte de exploração, sem significar nada mais, além disso.

A glória de Deus nunca é buscada e sim a do Homem. Existe uma super valorização do ser humano em detrimento da glória de Deus. As músicas entoadas nos cultos falam bastante do homem como vencedor, campeão, imbatível e valoroso. Jamais colocam o homem no seu devido lugar de criatura finita, reles mortal, miserável e pecador, carente da graça divina. Já não se canta mais: “Tu és soberano; Santo, Santo, Santo, Deus onipotente; Santo nome incomparável tem Jesus, o amado teu... etc.”
Nas mensagens do evangelho moderno Deus deixa de soberano, o homem passa a determinar tudo. O culto deixa de ser cristocêntrico para ser egocêntrico. As pessoas vão à igreja para ouvirem o que querem. Gostam de ouvir aquilo que lhes massageia o ego e lhes exaltam, não o que Deus tem pra dizer, pois a verdade lhes causa coceira nos ouvidos. (‘Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. ’ 2Tm 4.3,4). Doutrina? Nem pensar! São inimigos. Mas como podemos desprezar a doutrina se ela é nada mais que o ensinamento da palavra de Deus? Diz a palavra do Senhor: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao fim? (Jr 5.30,31). E mais: “Aceita a disciplina, ó Jerusalém, para que não eu não me aparte de ti; para que eu não te torne em assolação e terra não habitada... A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa, não gostam dela. (Jr 6.8,10)

Podemos fazer um paralelo com o que diz Paulo aos gálatas: Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. E com o que diz o próprio Jesus: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8)

Precisamos resgatar a boa consciência sobre a palavra de Deus, o amor e o zelo pela mesma e não nos engodar com raciocínios falazes (Cl 2.4).

João Calvino dizia: “A fé não consiste na ignorância, mas no conhecimento.” Deus não se agrada dos ignorantes por isso nos Deus a mente de Cristo. Quem rejeita a doutrina é ignorante e inimigo da Palavra de Deus.

O evangelho que precisamos pregar e ouvir é o evangelho bíblico puro e genuíno. Precisamos de uma reforma urgente. Precisamos do avivamento verdadeiro que é o retorno à palavra de Deus.

Somos uma terra desolada. O crescimento da igreja brasileira não tem significado muita coisa para o nosso povo, para nossa nação. Nenhuma mudança de vida nem de costumes. Nada de positivo tem surgido. Por quê? O evangelho disseminado não o evangelho da bíblia que muda vidas, que transforma e restaura.

A pregação só pode transformar vidas e converter as almas quando se prega fielmente a Palavra de Deus, como em Atos 2, após a pregação de Pedro o Espírito Santo compungiu os corações de quase 3 mil pessoas que ali estavam.

Só seremos reavivados e andaremos no Espírito se retornamos à palavra de Deus. Para que isso se suceda, como nos dias de Josias temos encontrar o Livro, a bíblia que tal como naquele tempo estava perdido no Templo – na Casa de Deus e a partir daí promovermos uma reforma na igreja, no culto, na pregação e nas nossas vidas. Isso é verdadeiramente AVIVAMENTO!


Antonivaldo de Jesus Silva

sábado, 6 de abril de 2013

OS QUE PERTENCEM À IGREJA

OS QUE PERTENCEM À IGREJA


A Igreja é a comunidade dos santos, a comunidade dos fiéis e eleitos de Deus. Pertencem à ela todos aqueles a quem o Senhor de fato remiu. Fora dela não há salvação, embora não seja ela quem salva o pecador, mas o Senhor que a fundamentou. Não há eleitos que estejam fora que não venham pertencer à igreja, pois Cristo os conduz à ela. Disse Jesus: Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um pastor.

Calvino dizia: “há muitas ovelhas fora da igreja, e muitos lobos dentro dela”. A conversão de Paulo e os exemplos de Ananias e Safira assim como o de Simão, o mágico, relatados nos capítulos 5,8 e 9 de Atos elucidam esta assertiva.

Pertencer à Igreja de Cristo e ser salvo é possuir as marcas da eleição. E quais são essas marcas? Analisemos o texto bíblico: pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos, porque eu sou santo... Tendo purificado a vossa alma, pela obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. As marcas de quem pertence à Igreja de Cristo, de acordo o texto são: a Regeneração; a Comunhão dos santos; a Santidade e a Fidelidade ou observância à palavra de Deus.

A igreja é composta de todos os eleitos de Deus, nos quais se verificam a eleição de Deus, o Pai, a purificação de Deus, o Filho e a santificação de Deus, o Espírito.

O bispo Jewell, o reformador, disse o seguinte: “Os inimigos da verdade ensinam muita doutrina falsa debaixo do nome santa igreja, porque nunca houve nada até hoje tão absurdo ou tão perverso, que não fosse fácil defender sob o nome da igreja”. O apóstolo Paulo ensina: “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de cristo. o destino deles é a perdição e o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com coisas terrenas.”

Muitos podem não ser da verdadeira igreja, assim devemos perguntar: pertenço a qual igreja? À comunidade dos fiéis e eleitos ou à comunidade daqueles cuja fé só atenta para as coisas terrenas?

Antonivaldo de Jesus Silva





Evangelicalismo moderno: um sério desvio bíblico-teológico da igreja brasileira

Evangelicalismo moderno: um sério desvio bíblico-teológico da igreja brasileira




Acredito, que a causa principal da ojeriza que as pessoas sentem pelos evangélicos brasileiros é devido a figuras caricatas, personas non gratas - os pregadores televisivos, paladinos da Teologia da Prosperidade (donos de igrejas-empresas). Teólogos neoliberais, pregadores de uma teologia deformada, gerada por uma hermenêutica deformada que formam crentes deformados, ininteligentes e ignaros, incapzes de tecer uma cosmovisão genuinamente bíblica e persuasiva.

João Calvino dizia: “A fé consiste no conhecimento, não na ignorância”. Não tenho dúvida alguma, que a essência da fé cristã está na Teologia Biblica resgatada pelos reformadores do séc. XVI. Todavia o evangelho que se vive hoje é uma caricatura híbrida do relativismo-existencialismo-pluralismo-liberalismo teológico. Que produz mensagens vazias de auto-ajuda, falsas promessas, psicologia barata sem qualquer embasamento consistentemente bíblico-teológico.

Jonh Stott, um dos maiores teólogos contemporâneos, classificado pela revista Time, em 2005, como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, em seu formidável livro CRER TAMBÉM É PENSAR, cita uma frase do doutor John Mackay, à época, Presidente do Seminário de Princeton, que muito retrata a cara do evangelicalismo brasileiro: “Comprometimento sem reflexão é fanatismo em ação, reflexão sem comprometimento é a paralisia de toda ação.”

O crescimento exorbitante do evangelicalismo brasileiro assusta-nos pela falta de uma teologia bíblica consistente, pela onda de anti-intelectualismo e de fé pragmática-existencialista sem reflexão bíblica. Se a igreja brasileira não aspirar por uma reforma bíblico-teológica como no sec. XVI, essas hidras pós-modernas continuarão crescendo e matando a fé evangélica com seu mau hálito venenoso da teologia barata . É preciso definirmos quem somos para não sermos confundidos com quem nada é.

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